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por José Carlos Joaquim

@media 2009 – Mark Boulton – Font Embedding and Typography

Mark Boulton - Font Embedding and Typography

Mark Boulton é designer gráfico e já trabalhou em empresas como a BBC, a T-Mobile e a British Airways. Lançou recentemente o livro A Pratical Guide to Designing for the Web que recomendo vivamente a quem quiser saber mais sobre o design para a web, da tipografia à teoria da cor, passando pelas grelhas, está lá tudo. A apresentação de Mark Boulton foi sobre um dos temas quentes do momento, Font Embedding. E também sobre Tipografia, é verdade.

Apaixonado pela tipografia há muitos anos, Mark explicou que um dos trabalhos que teve, ainda na faculdade, foi descrever as suas memórias passadas recorrendo à tipografia. Pode parecer estranho à primeira leitura mas para ele faz todo o sentido, uma vez que cada tipo de letra, bem como as suas propriedades, pode transmitir diferentes sensações e estímulos a quem lê.

Como humanos criamos estruturas para nos ajudar a lidar com as coisas. Na web acontece a mesma coisa. A organização permite criar uma lógica nos sites que os tornam mais simples e fáceis de utilizar.

Os tipógrafos eram os Arquitectos de Informação antes estes aparecerem.

Actualmente durante a concepção da maioria dos sites a tipografia apenas é considerada nas etapas finais do projecto. Na opinião de Mark a tipografia devia ser incluída em todas as fases dos projectos, pois é esta que vai transmitir a mensagem. É como subir o Evereste, mas de forma estruturada, uma coisa de cada vez. A escolha errada do tipo de letra vai afectar o resto da estrutura.

Na web os designers não controlam os tipos de letra utilizados pois estes variam consoante o dispositivo a partir do qual se acede aos sites. Solução? Font Embedding! Mas este é um assunto delicado já que as fundições detêm os direitos sobre a maioria dos tipos de letra existentes e são corporações enormes e com processos de licenciamento demasiado complexos e demorados para satisfazer as necessidades actuais dos designers.

Comics Sans: a culpa não é tua! Foste vítima de abuso!

@media 2009 – Dan Rubin – Designing Virtual Realism

Dan Rubin - Designing Virtual Realism

Depois do almoço, com o Rich Clark, um dos membros do HTML5 Doctor, o Darren Bailey e alguns elementos da ClearLeft foi a vez de Dan Rubin, User Interface Designer para a Sidebar Creative apresentar Designing Virtual Realism.

A apresentação focou-se essecialmente no design de interfaces e de como as texturas que conhecemos do nosso dia-a-dia podem ajudar a melhorar a qualidade geral dos nossos sites, bem como a forma como os utilizadores se servem deles.

Falou no facto de o design estar presente em todos os produtos que utilizamos diariamente e que as nossas experiências passadas determinam a forma como nos relaccionamos com eles e como os utilizamos. O ambiente providencia contexto às coisas, ou seja, cada objecto pode ter diferentes utilizações e/ou interpretações consoante o local ou situação em que se encontra.

A forma com que utilizamos os diversos dispositivos faz com que a interacção com eles exija muito pouco da nossa mente. Utilizamos instintivamente, porque parece a melhor forma de o fazer, ou porque somos levados a isso? Se acha o os seus utilizadores são estúpidos, possivelmente o seu site/produto está mal concebido em termos de experiência para o utilizador. Devemos dar pistas visuais para os casos em que é possível a interacção. Os utilizadores agradecem, utilizando.

Aconselhou a utilização de texturas da vida real nos sites, para uma sentimento de maior familiaridade e explicou a forma como criou um dos temas WordPress disponível na WooThemes. Utilizou o scanner para passar para formato digital a textura de uma caixa de máquina fotográfica, uma embalagem a que achou piada e uma carteira. O resultado pode ser encontrado em New Theme Concept by Dan Rubin.

Na natureza tudo tem textura. Porque não no web design?

  • O design está presente em todas as coisas;
  • As experiências passadas afectam a forma de pensar sobre as diversas coisas;
  • O ambiente providencia contexto, ou seja, interpretamos as mesmas coisas de maneira diferente consoante o local onde estamos e/ou interagimos com elas;
  • Os dispositivos são encarados com extensões do corpo, ou seja, utilizamo-los sem termos de dispender grande esforço mental para o fazer;
  • Acha o que os seus utilizadores são estúpidos? Possivelmente o seu design é que tem falhas graves;

@media2009 – Jon Hicks – Icons for Interaction

Jon Hicks - Icons for Interaction

O terceiro orador foi Jon Hicks, conhecido designer. Trabalha actualmente para a Opera Software como Senior Designer.

Na sua apresentação tentou apresentar a utilização de ícones de forma a melhorar a interacção entre os utilizadores e as páginas e não apenas como decoração. Falou da omnipresença dos ícones na nossa vida, desde a pré-história e de como a sua forma e modo de apresentação foi variando ao longo dos tempos e dos meios nos quais eram utilizados.

Alguns pontos essenciais da apresentação:

  • A utilidade dos ícones para transmitir o estado actual de um elemento (mouse over, activo, inactivo, etc.);
  • A facilidade dos ícones de produzir, imediatamente, uma reacção no utilizador (mediante a familiaridade com os mesmos);
  • A utilização de convenções, também no ícones, permite que as mesmas definições sejam utilizadas em sites distintos;

Devemos utilizar ícones para:

  • Resumir texto;
  • Atrair a atenção;
  • Explicar acções e comportamentos;
  • Transpor diferenças de linguagem;
  • Ajudar a navegação;
  • … e adiccionar interesse!

Passou depois a descrever alguns dos seus processos na criação de ícones, actualmente o seu trabalho diário, desde a escolha da “metáfora” correcta para cada um dos ícones consoante o significado que se pretende obter, à existência, ou não, de convenções para determinados tipos de ícone, a recolha de inspiração dos mais variados sítios.

A parte da criação contempla o desenho de vários ícones, inicialmente com papel e lápis e depois transpondo-os para o computador que permite criar os ícones e testar as variadas combinações por forma a fazerem sentido e testar se, realmente, o significado que transmitem é o adequado à finalidade do mesmo.

Falou da necessidade de utilizar ícones que as pessoas facilmente reconheçam sem ter de haver explicação adicional, já que isso iria contra o principal factor que leva à utilização de ícones: a simplificação dos interfaces. A consistência dos ícones, as cores utilizadas consoante se pretende que chame a atenção ou que se mantenha discreto.

Finalmente falou dos diversos tipos de ficheiro utilizados os ícones, bem como dos prós e contras de cada um deles.

Podem encontrar os slides (pdf) e o post sobre a presentação em Icons for Interaction.

@media2009 – Simon Collison – The Process Toolbox

Simon Collison - The Ultimate Package

O segundo orador foi Simon Collison, fundador da Erskine Design e falou sobre aquilo que Andy Clarke apelidou de “The Ultimate Package – Traditional Techniques with a Twist”.
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@media 2009 – Andy Clarke – Walls Come Tumbling Down

Andy Clarke - Walls Come Tumbling Down
A começar o primeiro dia do evento esteve Andy Clarke, presente em todas as edições anteriores.

Começou por falar na situação actual, de crise, e da forma como ela nos afecta, seja qual for a nossa profissão. Passou depois a descrever algumas mudanças que podemos fazer para melhorar os nossos processos de trabalho.
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@media2009 – o dia anterior

Para a edição deste ano da @media viagei com o meu colega de trabalho Guyllaume Doyer.

Chegámos a Londres ao final da tarde e aproveitámos o facto de termos ganho uma hora com a mudança de fuso horário para passear pelos arredores do hotel. O hotel estava situado a escassos 3 minutos a pé do local da conferência o que facilitava ainda mais as coisas. Ainda mais perto, nas costas do hotel, ficava o London Eye.

Depois do jantar, acabei por me deslocar até ao bar sugerido pela organização, The Mulberry Bush, para beber uma cerveja. Acabei por encontrar outras pessoas que iriam estar na conferência no dia seguinte, entre elas o Peter Paul Koch que contava aparecessem mais que os 9 presentes.

Os posts seguintes são representam o meu resumo de cada uma das apresentações.

Clock @ St Pancras International

Sobre o autor

Olá, chamo-me José Carlos Joaquim e sou iOS e Ruby Developer em Paris. Este é o meu site pessoal.

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