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por José Carlos Joaquim

@media 2009 – Andy Clarke – Walls Come Tumbling Down

Andy Clarke - Walls Come Tumbling Down
A começar o primeiro dia do evento esteve Andy Clarke, presente em todas as edições anteriores.

Começou por falar na situação actual, de crise, e da forma como ela nos afecta, seja qual for a nossa profissão. Passou depois a descrever algumas mudanças que podemos fazer para melhorar os nossos processos de trabalho.

Destacou a importância de manter um pensamento positivo em tempos de crise e recessão, pois as recessões podem ser muito estimulantes para a criatividade. Uma forma diferente de “a necessidade aguça o engenho”. E somos nós, os profissionais da web, que precisamos de fazer estas mudanças, não os nossos clientes. Nós temos o conhecimento e precisamos de encontrar formas de o tornar mais rentável. Nisto, a criatividade é um ingrediente essencial.

Utilizamos métodos e processos ultrapassados. Precisamos de encontrar novas maneiras de ser criativos, mudar a ideia que os clientes têm sobre o nosso trabalho.

Tempo de descartar hábitos antigos.

O habitual processo de Design – Visuals – Cliente – Developer – Tests consome demasiado tempo e é extremamente ineficiente. Precisamos de um workflow baseado na criatividade: Design (CSS e HTML) – Pequenos ciclos de trabalho – Design Interactivo torna todo o processo de criação mais rápido, mais interactivo e com um maior retorno sobre o investimento para o cliente.

O browser como uma ferramenta de design

Para quê utilizar aplicações de edição gráfica, como o Photoshop, para fazer algo para a Web? Estas falham nesse propósito pois não permitem uma reprodução exacta do comportamento de um layout no browser. Redimensionar a janela, aumentar o tamanho do tipo de letra, o movimentar do rato sobre os diferentes elementos.

Para quê mostrar aos clientes designs estáticos de uma coisa que se pretende interactiva? Isso torna as interacções dos diferentes elementos mais dificeis de explicar.

O design utilizando HTML e CSS é interactivo. Torna-se táctil. É tempo de parar de mostrar layouts estáticos aos clientes. Esta é uma das principais razões para que grande parte dos sites tenham uma largura fixa e sejam centrados. Designs estáticos reforçam a noção de que “os sites deviam parecer exactamente iguais em todos os browsers”.

Utilizando o browser como a sua principal ferramenta de design conseguiu no processo de redesign do New Internationalist criar 30 templates em cerca de 3 semanas de trabalho.

Diferente não significa defeituoso.

Utilizar elementos alternativos como os pseudo-elementos que faltam no Internet Explorer 6 são coisas com as quais podemos viver. Esta foi uma das ideias que o levou a criar o Universal IE6 CSS.

Uma citação de Dan Cederholm sobre a utilização de Sobre RGBa:

The a stands for awesome

A interacção torna-se natural com o design no browser. Alguns dos pontos a ter em conta:

  • Pode-se testar durante o design e começa-se a testar logo desde o início;
  • Criar um sistema e não uma página, para uma maior rentabilização do tempo e menor quantidade de código;
  • Desenhar sobre uma grelha flexível, para acomodar eventuais modificações;
  • Criar do conteúdo para fora, ou seja, começar com o conteúdo e não o colocar apenas no final do design criado;
  • Utilizar convenções de código, para maior uniformidade e facilidade de manutenção futura;

A utilização de sistemas flexíveis gera um maior retorno sobre o investimento, menos problemas e deixa mais tempo para comunicar.

O que fazer com o tempo extra que a mudança de processo nos proporciona?

Os clientes não nos pagam pelas nossas horas de trabalho, mas sim pelo conhecimento que fomos acumulando ao longo dos anos, utilizem o tempo que ganharam para aprender ou aprofundar os vossos conhecimentos.

Andy Clark - Walls Come Tumbling Down

Podem encontrar os slides da apresentação e a transcrição em For a Beautiful Web

Comentários

  1. Carlos Martins30 de June de 2009

    Bom resumo. Thanks. 🙂

  2. José Carlos30 de June de 2009

    Obrigado Carlos.

    Fica atento que durante esta semana vou colocar online posts sobre as restantes talks da conferência. Conto também colocar uma versão em inglês de cada um dos posts.

  3. nuno pinheiro30 de June de 2009

    The a stands for alpha, and alpha is pretty awesome

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Sobre o autor

Olá, chamo-me José Carlos Joaquim e sou iOS e Ruby Developer em Paris. Este é o meu site pessoal.

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