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por José Carlos Joaquim

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Photo by: Leo Reynolds

iPhone Tech Talk World Tour – Paris 2009

Outside

Realizou-se hoje a edição de Paris da iPhone Tech Talk World Tour 2009, um conjunto de apresentações onde os gurus do iPhone partilham com os developers alguns segredos e truques que permitem melhorar as qualidade geral das suas aplicações. O evento teve lugar na Maison internationale, Cité internationale universitaire de Paris, um espaço muito bonito e bastante agradável.

O dia foi passado na companhia dos meus colegas Basile e Romain, estando os três em representação da Clicmobile que nos proporcionou a participação num evento ímpar.

Com três salas para as sessões e uma sala, Lab, em que nós, meros mortais, podíamos ver as nossas dúvidas esclarecidas por alguns dos criadores das ferramentas que utilizamos diariamente.

Houve sessões para todos os gostos:

  • Effective iPhone App Development 1 & 2;
  • Audio Development Tips for iPhone;
  • iPhone User Interface Design Essentials;
  • Preparing and Delivering Video for iPhone;
  • Adding In App Purchase to your App;
  • Working with Core Data;
  • Mastering OpenGL ES for iPhone 1 & 2;
  • Integrating Web Content into iPhone Apps;
  • Testing and Debugging Your iPhone Application;
  • Finding your way with Location and Maps;
  • Maximizing iPhone App Performance;
  • Networking: From Sockets to GameKit;
  • Implementing Push Notification;

Infelizmente havia sempre três sessões em paralelo, o que impossibilitou a presença em todas, escolhendo aquelas que achamos mais interessantes.

Em todas as apresentações foram faladas e/ou demonstradas formas e métodos de implementar algumas soluções que não só simplificam como aceleram sobremaneira as aplicações a desenvolver.

Foi bom conhecer outros developers, não apenas franceses mas de muitas outras nacionalidades, bem como poder falar com os apresentadores que estavam sempre disponível para qualquer dúvida ou esclarecimento que lhes era colocado.

Foi também um dia para perceber o quão pouco sabemos comparado com todas as possibilidades do iPhone SDK.

Paris – 1 ano

Paris - 1 Ano

Fez por estes dias um ano que me mudei para Paris, para trabalhar na Clicmobile.

Durante este último ano tiver oportunidade de conhecer a cidade bastante bem e confesso que ainda tenho bastantes coisas para ver. Há recantos fantásticos, para lá daqueles que aparecem nos postais. Terei tempo para o fazer.

Deixando a parte da cidade, falo agora das pessoas. A ideia que tinha dos franceses era má e mudou apenas no seguinte: os franceses são simpáticos, os parisienses, esses sim, têm a mania. Outra coisa que me apercebi é que a comida francesa — a do dia-a-dia — está over-rated. Muito. Digo isto na perspectiva da pessoa que almoça perto do emprego durante a semana e se depara com o problema da escolha, enorme, de tipos de comida. Abundam as massas, as pizzas, os japoneses (não me queixo desta parte), as sanduíches de todo o feitio, mas nada daquilo que estava habituado: em qualquer esquina há um sítio em que servem um prato do dia, que muda diariamente, e que permite fazer uma alimentação minimamente equilibrada. Solução? Comer qualquer coisa a correr e em casa comer em condições.

O alojamento foi outra das coisas que me deixou estupefacto. Para se conseguir alugar uma casa são precisos milhentos papéis, garantias, contratos e quase levar meia família. Os preços são de arrepiar, ainda mais se atendermos à relação preço/tamanho de muitas das ofertas existentes.

Sobre o trabalho, nada a declarar. No início as minhas funções eram apenas e só de Web Developer (PHP, CSS, HTML e Javascript) mas com o avançar do tempo acabei por me envolver em diferentes projectos e iniciei-me na programação em Objective-C para iPhone. Foi uma mudança bastante mais rápida daquilo que pensava. A aprendizagem continua.

A Clicmobile é uma empresa jovem, fundada em 2003, onde a baixa média de idades, a diversidade e o tamanho de projectos e clientes contribuem para um ambiente descontraído, mas muito profissional.

Pesando todos os factores, o familiar é discutido a seguir, esta foi uma mudança excelente em todos aspectos.

O grande ponto negativo de todo este ano é a ausência da família. Estamos a tratar das coisas para que até final de Outubro a Sandra e o André me venham fazer companhia. Depois da mudança, já em Janeiro, iremos contribuir para a taxa de natalidade cá do sítio com mais um rapaz. 🙂

Soundwalk iPhone App – Nuit Blanche Paris 2009

No dia 3 de Outubro de 2009, Soundwalk, em conjunto com a Clicmobile, lança três aplicações iPhone, guias áudio para Paris propositadamente para a Nuit Blanche Paris 2009, um festival anual de arte internacional. Saint-Germain Des Prés, Belleville e Marais iPhone Soundwalks, que incluem mapas interactivos que vos guiarão de instalação em instalação durante toda a Nuit Blanche 2009.

As aplicações são gratuitas, exclusivamente durante a duração da Nuit Blanche. Para mais informações visite Soundwalk / Gratuit pour la Nuit Blanche / 03.10.2009

Original do Soundwalk.com / Blog

Como devem imaginar é com muito gosto falo aqui do projecto Soundwalk da qual a empresa onde trabalho, a Clicmobile, é parte integrante. Depois de muitas horas de trabalho está finalmente acessível para todos. Espero que se divirtam tanto ao utilizar nós nos divertimos ao criá-los.

Os Soundwalks começam agora a ser transformados em aplicações iPhone e contam já com 8 aplicações (4 em inglês e 4 em francês). Tratam-se de guias áudio, em bairros famosos das cidades, que lhes dão o nome, e são narrados por artistas de algum relevo dos respectivos cidades. Há muitos programados e entre as cidades – Paris, Nova Yorque, Londres, Beijing, Berlim, etc… – encontra-se Lisboa cujo Soundwalk será narrado por John Malkovich. É, por todas as razões, e mais algumas, aquele cujo resultado mais aguardo.

Estão já em andamento as correcções e melhoramentos às aplicações já submetidas e dentro em breve novas versões sairão, com novidades interessantes.

Vão e deixem a vossa opinião. Eu gostei.

@media 2009 – Mark Boulton – Font Embedding and Typography

Mark Boulton - Font Embedding and Typography

Mark Boulton é designer gráfico e já trabalhou em empresas como a BBC, a T-Mobile e a British Airways. Lançou recentemente o livro A Pratical Guide to Designing for the Web que recomendo vivamente a quem quiser saber mais sobre o design para a web, da tipografia à teoria da cor, passando pelas grelhas, está lá tudo. A apresentação de Mark Boulton foi sobre um dos temas quentes do momento, Font Embedding. E também sobre Tipografia, é verdade.

Apaixonado pela tipografia há muitos anos, Mark explicou que um dos trabalhos que teve, ainda na faculdade, foi descrever as suas memórias passadas recorrendo à tipografia. Pode parecer estranho à primeira leitura mas para ele faz todo o sentido, uma vez que cada tipo de letra, bem como as suas propriedades, pode transmitir diferentes sensações e estímulos a quem lê.

Como humanos criamos estruturas para nos ajudar a lidar com as coisas. Na web acontece a mesma coisa. A organização permite criar uma lógica nos sites que os tornam mais simples e fáceis de utilizar.

Os tipógrafos eram os Arquitectos de Informação antes estes aparecerem.

Actualmente durante a concepção da maioria dos sites a tipografia apenas é considerada nas etapas finais do projecto. Na opinião de Mark a tipografia devia ser incluída em todas as fases dos projectos, pois é esta que vai transmitir a mensagem. É como subir o Evereste, mas de forma estruturada, uma coisa de cada vez. A escolha errada do tipo de letra vai afectar o resto da estrutura.

Na web os designers não controlam os tipos de letra utilizados pois estes variam consoante o dispositivo a partir do qual se acede aos sites. Solução? Font Embedding! Mas este é um assunto delicado já que as fundições detêm os direitos sobre a maioria dos tipos de letra existentes e são corporações enormes e com processos de licenciamento demasiado complexos e demorados para satisfazer as necessidades actuais dos designers.

Comics Sans: a culpa não é tua! Foste vítima de abuso!

@media 2009 – Dan Rubin – Designing Virtual Realism

Dan Rubin - Designing Virtual Realism

Depois do almoço, com o Rich Clark, um dos membros do HTML5 Doctor, o Darren Bailey e alguns elementos da ClearLeft foi a vez de Dan Rubin, User Interface Designer para a Sidebar Creative apresentar Designing Virtual Realism.

A apresentação focou-se essecialmente no design de interfaces e de como as texturas que conhecemos do nosso dia-a-dia podem ajudar a melhorar a qualidade geral dos nossos sites, bem como a forma como os utilizadores se servem deles.

Falou no facto de o design estar presente em todos os produtos que utilizamos diariamente e que as nossas experiências passadas determinam a forma como nos relaccionamos com eles e como os utilizamos. O ambiente providencia contexto às coisas, ou seja, cada objecto pode ter diferentes utilizações e/ou interpretações consoante o local ou situação em que se encontra.

A forma com que utilizamos os diversos dispositivos faz com que a interacção com eles exija muito pouco da nossa mente. Utilizamos instintivamente, porque parece a melhor forma de o fazer, ou porque somos levados a isso? Se acha o os seus utilizadores são estúpidos, possivelmente o seu site/produto está mal concebido em termos de experiência para o utilizador. Devemos dar pistas visuais para os casos em que é possível a interacção. Os utilizadores agradecem, utilizando.

Aconselhou a utilização de texturas da vida real nos sites, para uma sentimento de maior familiaridade e explicou a forma como criou um dos temas WordPress disponível na WooThemes. Utilizou o scanner para passar para formato digital a textura de uma caixa de máquina fotográfica, uma embalagem a que achou piada e uma carteira. O resultado pode ser encontrado em New Theme Concept by Dan Rubin.

Na natureza tudo tem textura. Porque não no web design?

  • O design está presente em todas as coisas;
  • As experiências passadas afectam a forma de pensar sobre as diversas coisas;
  • O ambiente providencia contexto, ou seja, interpretamos as mesmas coisas de maneira diferente consoante o local onde estamos e/ou interagimos com elas;
  • Os dispositivos são encarados com extensões do corpo, ou seja, utilizamo-los sem termos de dispender grande esforço mental para o fazer;
  • Acha o que os seus utilizadores são estúpidos? Possivelmente o seu design é que tem falhas graves;

Sobre o autor

Olá, chamo-me José Carlos Joaquim e sou iOS e Ruby Developer em Paris. Este é o meu site pessoal.

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